sábado, 28 de julho de 2007

Uma das dádivas que o mundo tem

"A morte liberta o escravo,

A morte submete o rei e papa

E paga a cada um seu salário,

E devolve ao pobre o que ele perde

E toma ao rico o que ele abocanha."

Hélinand de Froidmont, em versos "Os versos da Morte"


O que eu vou falar aqui hoje não é nada que não se conheça.. Vou elevar um prisma e com este vou prestar uma certa homenagem, mas é importante ter consciência que apesar de poucos, ainda há outros que também ajudam embora não os referencie. O que eu vou aqui apresentar não é da minha autoria, no entanto em vez de re-enviar o mail que recebi para todos, contribuindo para as malditas correntes, vou apresentar então aqui a mensagem para que todos os leitores a possam ler (embora pouco provável porque vai ser algo comprida...vou tentar apresenta-la de forma apelativa).



Um só planeta.

Dois mundos tão distantes..



Todos sabemos que a terra produz mais que suficiente para todos...

Porém, há tantos que despertam e adormecem com fome,





Políticos de um partido qualquer, comemoram uma vitória qualquer, numa eleição qualquer...







Que diferença faz?

Cada vez mais imersa em escândalos, falcatruas e no seu eterno teatro de vaidades, a política partidária distancia-se cada vez mais daqueles a quem deveria servir..




...o povo...






As bolsas de valores comemoram os crescentes lucros obtidos com rentáveis acções.

É a festa dos ricos cada vez mais ricos...

... enquanto isso, no outro extremo, a vã espera por qualquer resto, migalha ou sobra que possa atenuar a fome...





Que cruel abismo é este que construímos..?





De um lado o consumo desenfreado, e do outro nada para consumir..


- de um lado, o nosso mundo, o dos abençoados pelo "destino";

- do outro, o triste mundo da grande maioria de excluídos, esquecidos, ignorados..




Enquanto a maioria prefere ignorar o que se passa do outro lado abismo, existem e ainda bem aqueles que enxergam além, se preocupam e tentam construir pontes.

Existem alguns que tal como disse não vou fazer referência pois cada um tem a sua história e assim este comment nunca mais acabava..



Vou fazer referência a uma entidade em específico pois considero que este seria um exemplo muito bom a seguir por todos os que tenham as minimas condições.

Uma dessas pessoas, dessas dádivas, chama-se Angelina, "pequeno anjo" em italiana.



O que leva uma jovem atriz a abdicar de todo o conforto e viajar meio mundo para aliviar com o seu abraço um coração entristecido?



O garoto africano, de sete anos de idade, traumatizado pelos tantos conflitos tribais que já presenciou, vive excessivamente agitado, motivo pelo qual a sua família o mantem amarrado o tempo todo..


Diante a visita de Angelina e diante o carinho, aquietou-se..



Há sete anos envolvida em trabalhos humanitários, Angelina conta que durante os seus primeiros anos chorava continuamente nas suas viagens de regresso.

Hoje, aprendeu a controlar o sentimento e desespero diante da miséria e busca sim meios que viabilizem soluções para tantos problemas encontrados.


Como embaixadora da boa vontade das Nações Unidas, ela tem percorrido dezenas paises:




-Chade, Costa rica, India, Paquistão, Líbano, Sudão, Tailândia, Sri Lanka, Tanzânia, Equador, Namíbia, Camboja, Serra Leoa, entre outros




A primeira pessoa a ser agradecida com o título de "Cidadã do Mundo" conferido pelas Nações Unidas.



Angelina foi escolhida pela revista Time como a segunda mulher mais influente no globo.





Além de emprestar a sua imagem e doar seu tempo e dinheiro a refugiados e orfãos, ela procura levar a realidade que vivencia nas sua viagens até aos líderes mundiais e governantes dos países "ricos", propondo soluções e cobrando acções.


Crê-se que Angelina doa cerca de um terço dos seus rendimentos para causa humanitárias.




Em 2002 após a guerra numa visita a Angola, foi contaminada gravemente pela malária, chegando quase a perder a audição. Mas isto não a deitou a baixo..


"Existem alguns riscos que são dignos de se correr,


Porém medo de riscos é indesculpável.


Tem que se defender aquilo em que se acredita"

" O que eu tenho feito tem me dado uma nova

perspectiva e levado a

descobrir outro mundo,

de dor e medo.

Alcançar o próximo me conduziu a uma vida

de significado."



Angelina representa este momento de ressaca e digestão dos tempos de excesso, em que questões antes tidas como públicas viram responsabilidade pessoal.


Camila Piza, Psicóloga


Sexy sem ser vulgar, Angelina concentra a versatilidade do papel feminino contemporâneo. Suas mil faces não deixam espaço para a imagem certinha.


Uma heroína com os olhos voltados para o mundo real que ela tenta melhorar com compaixão e bravura.




Guerreira e frágil, a diva ambígua constrói, com um velho coração maternal, uma nova família multiracial.




As premiações, o Oscar e o Globo de Ouro que ela acumula, os filmes e os festivais.. Tudo isso passará..



Porém, o amor, a solidariedade, a generosidade e a compaixão... São bens eternos que para sempre acompanharão aqueles que os manifestam...




















André

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A Verdadeira Guerra Religiosa

É um facto que, hoje em dia, a maioria dos portugueses conhece o significado da expressão " Guerra Religiosa", mas eu defendo o meu ponto de vista, e não concordo com a sua utilização para banalizar a Jihad Islâmica, porque, para mim, a "Guerra Religiosa" não tem qualquer ligação com o Islão.
Ora bem, em mais um dos meus momentos de introspecção (desta vez durante uma espera de 10 minutos pela boleia que me levaria até à praia ), observei um grupo de pessoas vulgarmente chamadas de "Jeovás", e a minha opinião sobre o verdadeiro significado da expressão mencionada acima foi completamente alterada. E passo, de seguida, a explicar-lhe porquê.
Primeiramente, o grupo era formado por dois homens, devidamente equipados com a sua malinha preta ( algo que, logo à partida, é suspeito ) e vestidos com umas calças, camisa e sapatos que, como se diz na zona onde vivo, são "de ir ao figo". Estes dois indivíduos conversavam normalmente, como quaisquer duas pessoas na rua, até que, a certa altura, avistaram uma senhora do outro lado desta ( senhora essa que, por não vestir nada que não parecesse ocasional, presumo que actue sob disfarce ) e se dirigiram a ela, para travar um diálogo curto e praticamente entre dentes.
Quando o diálogo terminou, os dois homens continuaram o seu trajecto e retomaram a sua actividade normal de tocar ás campainhas e "falar de Deus" a quem lhes abrir a porta, mas o mesmo não se passou com a senhora. Após caminhar alguns metros, reparo que esta, tentando disfarçar ao máximo o que estava a fazer, pega no telemóvel que estava na mala, e liga para alguém cujo número já estava memorizado no aparelho. A conversa telefónica não durou mais de 2 minutos, e a senhora, após terminar a chamada, continuou o seu trajecto, desta vez no sentido contrário ao que percorria anteriormente. Para um ser humano distraído e desapercebido, esta situação passar-lhe-ía completamente ao lado, mas a mim estes "Jeovás" não enganam.
Tendo em conta tudo aquilo que se sabe sobre estes seres (que, ainda assim, é muito pouco ), acredito que fazem parte de um grupo terrorista ainda desconhecido, que ao contrário dos outros, vai estrear-se com um atentado a nível mundial. E digo isto porque, se repararmos, ninguém oferece dinheiro a estas "pessoas" quando elas aparecem à porta das nossas casas para nos "falar de Deus", portanto, de onde vem o rendimento que permite a estes seres serem alimentados? Ou ainda: Será que estes seres se alimentam? Outra coisa que podemos denotar é que eles trabalham sempre em grupos de dois, não bastará um indivíduo para nos "falar de Deus"? Pois é, se calhar quem está a ler este texto nunca reparou, mas o elemento que não nos está a "falar de Deus", está a observar a casa, para descobrir pontos frágeis na infra-estrutura, proporcionando assim uma destruição maior do edifício aquando da realização do atentado. Para além de tudo isto, a observação do episódio anteriormente descrito, levou-me a concluir que, para além dos mundanos "profetas" que nos aparecem à porta ocasionalmente, existem ainda agentes à paisana, que controlam, registam, e enviam para o quartel general dos "Geovás" ( local onde, por defeito, habitam todas estas estranhas criaturas ) todas as informações recolhidas. Assim, o termo " Guerra Religiosa" tomou outro sentido para mim, e agora, quando ouvir este termo, vou imediatamente ligá-lo aos cada vez mais numerosos profetas que por vezes se cruzam comigo na rua.
Espero eu que a minha teoria não necessite de ser confirmada "da pior maneira", ou seja, quando este perigoso grupo terrorista conseguir efectuar o seu poderoso e mortífero atentado.Para que isto não aconteça, as autoridades competentes ( e só essas ) devem tomar já a partir de hoje medidas de combate a esta "praga", cujos membros gostam de chamar pelo seu nome de código: "Geovás".

Post Scriptum: Desde já informo que o leitor não deve confundir os seres de que o texto trata com os também conhecidos "Helder's", pois estes pertencem a outra ceita cuja actividade ainda estou a investigar.

A blindar as paredes do quarto, D. Parreira

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Geração X

Durante um dos meus muitos e longos períodos de introspecção e meditação, nos quais tento lembrar-me de situações ridículas ou criar teorias completamente estúpidas e descabidas sobre assuntos desinteressantes para a maioria das pessoas da minha idade com o principal objectivo de me divertir a mim próprio, passou pela minha mente uma questão para a qual ainda não consegui obter uma resposta plausível: Porque será que, hoje em dia, cerca de 90% das "pessoas" com menos de 15 anos escrevem, em média, dois "x" em cada palavra?
Este problema até nem seria tão grave como é realmente, se não fossem os inúmeros erros ortográficos completamente sem nexo e o facto de serem acrescentadas letras ás palavras sem qualquer necessidade. Ora vejamos, por exemplo, expressões como " adoruvux mtixo mnhx ninahx", ou até "ox meux amigx xao ox mlhrx do mndo", aparecem-nos hoje com muita ( sublinho: muita) frequência em programas de conversação on-line como, por exemplo, o mais utilizado pelos "cibernautas" portugueses: Msn Messenger. E são estes energúmenos que me provocam dolorosas cólicas e picadas no coração quando violam e esfaqueiam a língua portuguesa desta forma completamente bárbara.
Voltando à questão central, a primeira resposta que me ocorreu foi o facto de os "x" servirem para abreviar as palavras, ou seja, utilizar menos letras de forma a que a palavra se mantenha perceptível, permitindo a sua escrita mais rápida; mas afinal não. Esta resposta caiu logo por terra quando observei expressões como "ox meux" ( leia-se: os meus), onde a utilização do "x" não muda nada em relação à utilização do "s".
Ora bem, "se não serve para abreviar, talvez seja porque a tecla "x" se encontra numa posição mais fácil de utilizar do que a tecla "s"; mas também não. Ao olhar para o teclado do meu computador, constatei que o "s" se encontra logo acima do "x", o que desvalorizou logo esta justificação.
"À terceira é de vez", pensei, e a resposta que encontrei desta vez foi " será que as palavras ficam esteticamente melhores com a substituição de várias letras pelo "x"?"; mas afinal também não. Quando procurei nos meus contactos por expressões do género, encontrei uma que destruiu logo a minha nova tese: "ox bonx alunox vao po céu..ox maux alunox vao pa todo o lado". De certo que "ox bonx" e "ox maux" nao me pareceram expressões mais perceptíveis ou mais bonitas do que "os bons" e "os maus", portanto, tentei outra vez.
A quarta justificação que encontrei foi o facto de a língua portuguesa, sem eu saber, ter sido alterada de repente, e agora o "x" poder substituir quase todas as vinte e três letras do alfabeto lusitano; mas depois de ir rapidamente ler uma notícia qualquer no jornal, também constatei que não.
Começou a tornar-se difícil encontrar uma justificação para tanta estupidez, até que me ocorreu que essas "pessoas" seriam isso mesmo, simplesmente estúpidas; e até agora, foi a melhor justificação que encontrei. Esta resposta surgiu na minha cabeça quando tentei substituir uma frase que constava no nickname de um dos meus contactos ( situado no grupo "Other Scum"), e passo então a citar (atenção, se não estiveres sentado, puxa uma cadeira e fá-lo):"Kuanduh xou boah, xou otimah, max kuanduh xou mah, xou ainda melhor" ( eu avisei). Pois bem, analisando a fundo a "frase", trata-se de pura estupidez, agravada por uma capacidade impressionante de conseguir introduzir mais de um erro ortográfico em cada palavra.
Depois de ter chegado a esta conclusão, ainda não considerada por mim como uma certeza ou um dado adquirido, comecei a imaginar quantas voltas daria o grande Camões no seu túmulo, se pudesse observar o estado em que esta nova geração deixa, por vezes, a língua portuguesa. O género de atraso mental que provoca o aparecimento de tantas e tantas palavras mal escritas, simplesmente para estarem mal escritas, provoca-me dores muitas vezes mais intensas do que, por exemplo, um parto natural de trigémeos em fila indiana, com mais de 4 kg cada um, e deixa-me completamente enjoado o resto do dia, juntamente com o sentimento de culpa por não sair à rua para desmembrar todos aqueles que escrevem desta forma.
Após todos estes pensamentos profundos, que necessitaram de um grande esforço mental ( como é óbvio), fui ler os e-mails ( não todos os 300 que tinha por ler na caixa do correio- sendo cerca de 290 publicidade- mas sim apenas os da faculdade), e supunha eu que ia, finalmente, ler frases gramaticalmente e ortograficamente correctas, quando me deparo com uma "palavra" completamente desconhecida para mim anteriormente: "deicho"; pelo contexto, a aluna que escreveu o e-mail deveria querer escrever "x", mas tal como tudo na vida, o que desaparece de um lado, aparece do outro, e assim, um dos "ch" que faltou em várias expressões que havia lido cerca de cinco minutos antes, apareceu no lugar do "x" que deveria estar nesta palavra (que suponho que fosse "deixo", portanto).
Posto isto, decidi que não iria ler mais nada naquela noite, e decidi ir estudar, mas depois de me aperceber que para estudar teria de ler, decidi dedicar-me ao PES, para relaxar um pouco.


Ainda com cólicas provocadas por esta situação, D. Parreira

quarta-feira, 4 de julho de 2007

"U got me all wrong." Do I?

Quem és tu?

Tu és aquilo que vemos?! Aquilo que fazes e também aquilo que pensas?!
És resultado do presente que crias, do passado que soldaste e do futuro que planeias?! Dos sonhos que alcançaste, dos desafios que superaste, dos sonhos que classificamos inalcançáveis, dos desafios que ainda estamos por ultrapassar?!
Concluo então que somos o que fazemos e pensamos?!
Todas as tuas acções moldam e definem aquilo que és, foste e queres ser. Mas quem controla as tuas acções? TU EVIDENTEMENTE! Mas que parte de ti controla aquilo que te move?! O cérebro…dizemos com certeza!
É o meu cérebro que com todos os seus fenomenais mecanismos, transmite e recebe estímulos que nos vai permitir andar, escrever, reflectir, calcular, deduzir, imaginar e jogar PES (lol). È o cérebro que numa acção conjunta com o sistema nervoso e o sistema endócrino vai controlar tanto acções conscientes como inconscientes. Sabemos isto estudámos e verificamos a veracidade deste facto. Deixa-nos então tranquilos saber que somos “NÓS”, que somos tudo aquilo que falei em cima, que controlamos o nosso “momento”.
Também sabemos que diferentes acções e diferentes estímulos vão condicionar o funcionamento do cérebro “controlador”. Que para determinadas situações este recorre a diferentes áreas especificamente determinadas, recorre ao lobo frontal, occipital, parietal e/ou temporal.
Mas quem determina a que parte do cérebro devo recorrer nestas situações?! O meio?
Nem pensar! Não vamos passar de supremos controladores, a espécimes laboratoriais cujas acções são meramente determinadas pelo meio, exterior a nós, incontrolável e fruto do acaso!!
Coincidências a controlarem o mundo e trouxeram-no ao estado em que está nos dias de hoje? Não me parece… A coincidência só nos traria um mundo de desordem, caótico, cujas vidas seriam meras marionetas num palco desfeito. Como é que algo tão importante poderia resumir-se assim?! Não de certeza!
Mas então que comanda e define que parte do
cérebro devo recorrer?
De onde partiu o poder, a iniciativa de levar a atenção?
Se o cérebro recebeu a ordem não foi dele que partiu a iniciativa… Então quem comanda o meu corpo? Quem possui esta iniciativa?! Somos nós mesmos, não há outra hipótese…Não somos somente aquilo que se vê, somos mais que isso…muito mais… Conhecer-me a mim próprio enquanto conheço o “universo”.

A.S.